Recife é vivenciada através de inúmeras articulações entre musicalidades e diferentes modos de habitar/imaginar a cidade composta por diferentes arquipélagos musicais. Recife é a Capital do Frevo, a Manguetown, centro de produção de música brega, palco de festas pop como Maledita e Sem Loção, cenário de festivais de música como Coquetel Molotov, Pre-Amp, Abril pro Rock e Rec-beat, urbe do carnaval multicultural atravessado pelos Maracatus de baque virado e de baque solto, carnaval de blocos/troças e palcos descentralizados. Essa pluralidade coloca em cena controvérsias em torno de diferentes categorizações musicais agenciadas por esse caldeirão musical, onde coabitam diferentes acionamentos de questões de gênero, raça e geopolítica articulando de modo tensivo a Cidade e as Cidades.